A mulher que não apetece consumir, é a que não evidencia inteligência. A que olha apenas para a superfície dos espelhos. A que diz que colocou silicone, mas que pediu ao médico para achatar... o cone. Silly. A que abre desmesuradamente os olhos quando não entende o que se lhe diz. A que não pestaneja, quando lhe dizemos que o mundo acaba dentro de 13 minutos. A que não ri. A que não... nos atrai. Porque nos afasta. Estas mulheres estão reservadas para os homens que as outras mulheres não consomem.
Qual piuma al vento,
Muta d'accento — e di pensiero.
Sempre un amabile,
Leggiadro viso,
In pianto o in riso, — è menzognero.
È sempre misero
Chi a lei s'affida,
Chi le confida — mal cauto il cuore!
Pur mai non sentesi
Felice appieno
Chi su quel seno — non liba amore!
Já Verdi assim pensava. Mulheres e Homens de letra maiúscula, de facto não abundam, e por isso aclama-se a sensibilidade feminina. Válido juízo, mas pouco exigente. No quadro acima vejo a triste normalidade. Uma mulher num despojar de sensibilidade, numa pose de espera desalentada, por algo ou alguém que a faça vibrar, estremecer do tédio. Viver.