A Terra gira com 7 biliões de humanos às costas. A tendência continua, por incrível que pareça, a ser uma inconsciente caminhada suicida de crescimento populacional. Não nas zonas mais desenvolvidas, onde a idade média tem vindo a aumentar, mas sim nas zonas menos desenvolvidas.
Que fazer deste planeta tão estragado? Escrevo numa das zonas onde se vêem pessoas cada vez mais velhas, onde a juventude vai rareando, sem vontade ou estabilidade para procriar.
Vejo um mundo cada vez mais urbano, mais consumista, com uma única hipótese de se alimentar: quimicamente.
Vejo um mundo cada vez mais egocentrado, onde a sustentabilidade incomoda, onde a visão do amanhã é escorraçada do pensamento pelos "sound bytes" da moda. Vejo o homem indiferente a projectos de cidadania e a mecanizar-se progressivamente..
Há 40 anos Yuri Gagarin, afastou-se o suficiente da Terra para dizer: é azul. Pois, o Mar. Pois, este planeta azul, há 40 anos tinha metade da população. Metade das bocas para alimentar, num conjunto mais rural e menos poluente.
Hoje, a Terra não está a ficar verde azulada de vida saudável, está a ficar cinzenta amarelada de sobrevivência doentia. E exausta de arrastar tantos robôs.
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