Grandes referências portuguesas têm arrastado multidões às suas exposições. Amadeo e agora Almada, em Lisboa, atraíram filas nunca vistas de pessoas. Apreciadores, curiosos, e "outros". E são estes "outros" que são responsáveis pelas enchentes. Porque estas exposições foram divulgadas pela imprensa? Um aspecto positivo, mas que pouco se diferencia de outras exposições. A de Cesariny foi (menos) divulgada e está longe dos elevados índices de afluência daquelas.
Que fenómeno se passa? Teme-se que seja passageiro, e que se deva tão só a ter-se tornado moda ir a exposições. Basta apreciar a exposição dentro da exposição: os "outros" percorrem os corredores quase sem olhar para os quadros, conversam, falam de tudo, menos dos quadros.
Quando deixar de ser
o píncaro do moderno,
o actual mas muito à frente,
recheado de modernidade,
ou seja,
quando os "novos aculturados" se chatearem de ir a uma exposição,
o marasmo da ignorância cultural - teme-se - voltará.
Almada Negreiros, Arlequim, Bailarina e Cavalo (boa e má imagem)
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