quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Manifestações artísticas
Quantas vezes dou por mim a ver ou ouvir manifestações de arte, com letra muito pequena.
Como a absorção dessas manifestações é subjectiva, passo por cima da hipótese acusatória de eu não a compreender. Porque, para mim, a Arte não é essencialmente para ser compreendida, mas sim sentida, por todos os sentidos.
Dos abstracionismos que nada me dizem, até às instalações que literalmente gozam com o espectador; da música experimental até às performances que só visam chocar o espectador; do vestuário criado para absoluto desconforto até à cozinha gourmet mais avessa ao prazer do consumidor. Tanta arte feita apenas para ser diferente, para chocar sensibilidades e chocar contra o que existe. Enfim, arte feita para esconder a capacidade de inovar, de criar, algo que seja aprrendido com prazer.
Porque razão se assiste a uma movimentação galopante destas manifestações de arte? Sempre houve disrupção com o estabelecido: a Arte é disruptiva. Mas ultimamente assiste-se a um multiplicar de nadas que, me parece, reflectem a sofreguidão de viver um presente, de qualquer maneira, sem sofisticação que eleve a qualidade humana, porque se tem medo do futuro.
Estas manifestações de arte não são, de facto, o meu carpe diem.
P Calapez, arte sem querer
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