Palavras ensaiadas de braço dado com o sentimento e a sua ilusão. Eis os esboços de um auto-retrato possível.
Tu
Encontrei, céptico
A pureza do impuro
E aprendi a amar, convicto
As impurezas do puro.
Falo do que se encontra nas pessoas
Aquelas a quem queremos.
Falo de ti
Que não me abandonas nunca
Que vives pelo prazer de me dares
Ar para respirar
De me dares
Espaço para me movimentar
Que vives pelo prazer
De te dares
A quem te sabe receber.
Encontrei então, a
transparência
De gostar da
minha opacidade. Hoje, olho para dentro de mim
Com a mesma lucidez e serenidade
Com que percorro o meu exterior
E o que me é exterior.
Luto calmamente com as minhas raivas,
E gosto de me ver apaziguando-as;
Sei que só assim, me poderei entregar
Integralmente
A ti.
Por mim e por ti
Por nósQuero que tu sejas tu.
Alex Israel, self-portrait
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