sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tapeçarias de Pastrana - imagens de glória


Pousar os olhos nas tapeçarias de Pastrana - creio que 11 metros de comprimento por quatro de largura, roubadas para Pastrana, centro de Espanha, quando da ocupação castelhana - é perguntar: como foi possível Portugal ter descido de tão alta glória.

A partir de amanhã - Museu Nacional de Arte Antiga - podemos insistir na pergunta, vergastando-nos ao mesmo tempo que nos arrepiamos perante as quatro míticas obras de lã e seda que D. Afonso V mandou fazer há mais de 500 anos para celebrar a conquista de Arzila e Tânger.
O começo da glória.
Sintomaticamente, a exposição (provisóriamente em Portugal!) tem o título de "A invenção da Glória, D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana".

Triste beleza!
É castigo obrigatório, tal como o PEC e suas futuras actualizações, por continuarmos a perpetuar um país que se recusa a produzir, mas que já quase nada tem para consumir.


Tapeçaria de Pastrana, excerto