quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Saudades



O presente é um catalizador de saudades. Infelizmente.
O presente ideal é o que nos não deixa ter saudades, é o que nos faz fruir a vida de hoje com absoluto prazer. Mas (e este é um grande Mas) o mundo anda tão mal frequentado, e Portugal, numa escala mais insignificante, não deixa de lhe seguir o exemplo.

Só se vêem pessoas empurradas para as saudades de tempos que conheceram em melhores dias. Estas Saudades matam a Esperança, definham o Espírito, corroem o Corpo.

Há que sobreviver, repelindo as teias das saudades dos passados. Combater essa teias com outras. É preciso deixar de sentir tantas saudades dos passados. Há que, carinhosamente, remetê-los para o baú das miragens, para o cantinho das boas memórias, estimados, claro, mas sem obcecar, sem negar que enriquecem os evangelhos da nossa vida.

Há que querer, mesmo, sentir saudades do futuro, ansiar por tempos benevolentes de restauração da felicidade de viver e de ver viver em felicidade. É bem melhor ter saudades do futuro do que do passado. Contrariando a definição de saudade, que a remete sempre para o passado. Inventemos as saudades do futuro. O Sol nasce todos os dias, e brilha sempre nalgum lugar. Há que procurar estar nesse lugar, que muda todos os dias.



Turner, Norham Castle sunrise

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Mood - from dawn to evening

Dawn


Morning
 

Afternoon


Evening
 

Evening extended

 
 
 
 
Cézanne, les grandes baigneuses
Matisse, le bonheur de vivre
Goya, el aquelarre (le samedi des sorcières)
Matisse, luxe, calme et plaisir
Matisse, nu bleu I
Matisse, nu bleu IV

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Música de mortos

Azucrinam-me os ouvidos sobre as músicas que oiço.  Que só oiço músicas de mortos, ou que só oiço músicas esquisitas. Se o bruá não fosse tão indigente ainda mereceria resposta. E no meio de tanto demérito, o tema transportou-me para a primeira música que ouvi, como se o mundo tivesse começado ali. Foi o caminho da descoberta desse mundo e de novos mundos. Que ainda hoje prossegue, como não poderia deixar de ser. Pelo caminho percorrido apropriei-me de músicas que fazem parar o mundo. Estes são os primeiros minutos daquela primeira música. Obrigado Ike.