quarta-feira, 28 de novembro de 2012

À procura do tempo perdido

Não o de Proust! Seria demasiado profundo para tempos tão superficiais.
À procura de um tempo com qualidade de vida. Neste nosso tempo.
Vê-se a qualidade de vida esfumar. E o fumo não se consegue agarrar. Para onde foi? Voltará?
Para não azedar o Natal, aqui fica mais um escrito na penumbra. Curto. Para não roubar tempo ao tempo que procura esse tempo.
Escolha de um quadro intemporal.



Francesco Guardi - Venezia, San Giorgio Maggiore

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cães semi-afogados

As folhas das árvores teimam em cair. É o medo de bater num chão que não é acolhedor. O vento fustiga, a chuva continua a cair, mas as folhas recusam-se a atapetar o chão, onde nós nos queremos deitar. Cambaleamos mais e mais, a voz já fraca de tanto protestar contra o mau tempo, que anuncia dilúvio. Começamos a sentir medo do que aí vem. É o medo do escuro que preenche os dias sem sol. É o medo do que nos espera em qualquer das muitas esquinas que nos cercam. Seja a esquina da austeridade, seja a da incompetência, seja a dos novos criminosos do poder global, local. E os orçamentos para 2013 a serem discutidos por delinquentes legalizados. E, e, e,...

Recuamos para a parede mais próxima, toda ela uma ilusão, e continuamos a procurar acolhimento. Resta-nos o chão, agreste, sem folhas para amaciar a queda a que o cansaço conduz.
E agora, a chuva torrencial, o dilúvio, começa a cobrir-nos. A sensação de afogamento invade-nos, os olhos saem-nos das órbitas, espelham terror. Estamos impotentes, sem forças para ficar à tona da água. Sentimo-nos afogar, e os olhos, outra vez os olhos, encaminham-se para o céu. Vislumbram as folhas das árvores e reacende-se um brilho de esperança. Se, ao menos,...




Goya, Perro semihundido

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Richard Hawley

Foi uma descoberta recente. No início deste ano. Aconteceu um enorme prazer. O de ouvir uma música sentida, o de saber que ainda há quem componha música assim. Músicas e poemas compostos com a fragilidade do belo e a indignação por uma sociedade manietada por maus políticos. O último trabalho de Richard Hawley é disso prova maior. Revela um autor em conflito de criação, alguém que sente o impulso de criar o belo, mas não consegue deixar de se influenciar pela sociedade devastada pelas consequências destes últimos anos em crise. Talvez por isso mesmo, só se sinta bem em Sheffield, onde nasceu.


Ontem aconteceu a primeira possibilidade de o ouvir e ver ao vivo. Fantástica a entrega, músicos muito bem sintonizados com ele. O público com uma idade maioritariamente nos "entas" reflectia a maturidade exigida. Apenas umas poucas centenas, pois o homem (quase 46 anos) é pouco conhecido, assistiram, de pé (a Elizabeth McGovern, 51 anos, presente na proximidade, ilustrou o tipo de público, e...subiu na consideração).
Da set list, faltou a favorita pessoal Roll river roll. Restam as gravações, para saciar o apetite, os videos de menor qualidade (como estas fotos ontem tiradas) até que um dia apareça um DVD oficial, coisa que, apurada em conversa com o staff, não parece muito provável.
Até à próxima Hawley.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Um divórcio em coma

Nos últimos dias foi lavrado o divórcio entre a sociedade civil e a classe política. Em resultado da litigação, ambos ficaram em coma.
Se olharmos, por cima do ombro que seja, para a espuma dos dias, só vemos que o fio condutor da situação foi a incompetência da classe política, mas deixada à solta e sancionada pelos eleitores. O prevaricador foi alimentado pela vítima. E, normalmente, estes casamentos acabam em divórcio litigioso, com a libertação dos ódios da vítima. Mas a vítima tem der igualmente declarada culpada por negligência.
O enorme défice cultural de Portugal é o primeiro responsável pelo estado de coisas. Eleitores-formigas ignorantes votam às cegas em políticos-cigarras incompetentes.
Agora, divorciados e em coma, como trazê-los à vida?
Imaginemos lições administradas no soro que os mantém no limbo.
A necessária aculturação tem de acelerar o processo de recobro do comatoso.
A primeira aula tem de começar com perguntas que ponham o cérebro a trabalhar. Do tipo: Como foi possível Portugal chegar a este ponto?
Depois de algumas incursões pela História de Portugal, com alguma demora pelo período dos Descobrimentos e pela imediata delapidação da riqueza auferida na época, o doente-país pode ser ligeiramente sacudido com a inquietação sobre o seu estado futuro.
Com perguntas-choque, do tipo: Que podemos fazer para curar Portugal?
Neste ponto do recobro, há que fazer os comatosos imaginar uma classe política respeitada e uma sociedade civil esclarecida.
Estando ambos os comatosos infectados por indivíduos com uma evolução mental indetectável, há que exemplificar com ilustrações muito básicas. Do tipo: gerir um país é como gerir a sua casa; não pode gastar mais do que o que recebe com o que produz. E por aí fora, lição atrás de lição, até os comatosos intuírem que as crises não caem do céu, mas são provocadas ou alimentadas por eles próprios. E têm de ser eles a abrir caminho para o futuro responsável.
Aqui chegados, a sociedade civil, abrindo os olhos, terá de mudar o sistema eleitoral, por forma a impedir que os políticos chico-espertos deixem de ter o poder que hoje têm. Só, com um sistema eleitoral que responsabilize directamente os eleitos perante os eleitores, se poderá reconstruir a sociedade civil. Um sistema que permita a eleição da competência, em círculos locais, onde os candidatos não tenham que pertencer a listas partidárias. E a repercussão destas eleições em ondas que preencham os lugares do parlamento (menos de metade dos lugares de hoje, seriam o suficiente). E os governos assim formados e assim fiscalizados, deixariam de mentir aos eleitores e passariam a restaurar a confiança perdida.
Talvez voltasse a haver casamento...



Leonid Afermov - enigma nocturno

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O que nos está a acontecer (sem palavras)




Goya - Enterrem-nos e não digam nada

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Arte para gigantes

Passada a onda mais pessimista, volto aqui para carregar sobre o conceito de Arte.
A propósito do gigantismo que alguns artistas adoptaram recentemente.
Com tal desproporção, como é possível apreciar as obras gigantes? Aquele artista (Javacheff Christo)que cobre e embrulha pontes e monumentos, produz o quê? Arte? Aquele artista (Spencer Tunick) que contrata pessoas para se colocarem nuas às centenas e serem por ele fotografadas, produz o quê? (a última vez foi há dias, em Munique, para celebrar os 200 anos do nascimento de RWagner, que nasceu em 1813) Arte? E todos aquele artistas cujo nome se esquece de imediato, que montam exposições com labirintos, com esculturas de formas gigantescas, produzem o quê? Arte?
Arte não é certamente. Formas de expressão? talvez já possa aceitar essas manifestações como formas de expressão.
Nunca como Arte.
Sob pena de ser obrigatório rever o conceito que temos de Arte. Sob pena de ser impraticável a aquisição dessas obras, para possuir particularmente, para deleite diário, para deleite privado com os amigos e apreciadores.
Afinal, parece que a resmunguice deu lugar ao pessimismo... E que tal, a resmunguice como forma de Arte? Difícil de colocar em exposição? Ou fácil de expôr, se a eloquência for a arte de falar aos berros. No fim, existem apreciadores para tudo.

Joana Vasconcelos em Versailles, Junho 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Contrasenso


As pessoas desesperam, nada esperam, nada fazem. Braços em baixo, caídos de descrença, com o sentimento de impotência a devorar-lhes o corpo e a alma, as gentes resignam-se a viver dias amrgos. Entrincheirados numa frágil resiliência, estão, lado a lado, os que não têm emprego e os que não conseguem empreender minimamente. Do outro lado da quase invisível trincheira estão os que trabalhando, vivem para trabalhar, e os que embora trabalhando, trabalham para viver.
É o retrato de uma sociedade falhada, geradora de terríveis efeitos laterais. Com o alargamento da consciência deste panorama, vem o grande contrasenso: as pessoas querem viver mais, mas não têm como; os que não têm pão, porque não conseguem, os que trabalham desejam que o dia passe depressa ansiando por algum descanso no final do dia; no dia seguinte, a mesma coisa, quer-se riscar da vida as horas de trabalho. Quer-se viver mais, vivendo menos. Estamos a deixar, cada vez mais, de viver em vida.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Viver sozinho


Vi há pouco estatísticas assustadoras: nos EUA, em 1950, 4 milhões de americanos viviam sozinhos e representavam 9% dos lares; no censo de 2011, eram 33 os milhões de americanos que viviam sozinhos e já representavam a assustadora percentagem de 28% dos lares. Empatados com a mesma percentagem de casais sem filhos.

Se aqueles 28% que escolheram viver sozinhos, nos EUA, um país de pendor conservador, me parecem um sinal forte de que o paradigma da família mudou substancialmente, inflectindo-se o sentido predominante para uma tendência minoritária, o que dizer das percentagens da mesma situação noutros países?
Divido-os em 2 blocos exemplares: Desenvolvidos, como Inglaterra 34%, Itália 29%, Suécia 47%, Rússia 25%, Japão 31%; Em Desenvolvimento, como Brasil 10%, India 3%.

Sinal dos tempos. Mau sinal, má tendência. Estamos perante uma inflexão civilizacional, uma atomização do mundo actual, onde se evidenciam os novos "valores" em que o indivíduo é o centro, a prioridade em detrimento do colectivo: a liberdade individual, a realização pessoal. Os anseios, afinal, da adolescência.

Adicionalmente, penso que viver sozinho é o primeiro passo para viver só, para a pessoa se sentir só (está na hora de reler o livro de António Nobre). Creio que viver sozinho começa por ser a realização do sonho moderno, e até pode contribuir para alguma vitalização social, na medida em que quem vive sozinho tem mais tempo para si, para dispender em múltiplos meios. Mas creio também que o cansaço da rotina de não ter rotina encerra um perigo maior: o isolamento social, a que se seguirá a depressão, enfim, a instalação de uma sociedade de gente doente, de uma sociedade doente. E é o que pode acontecer, de pior, aos doentes que me assusta. De facto, podem curar-se, e encontrar um ponto de equilíbrio entre a preservação da sua individualidade e a dedicação altruísta ao colectivo. Mas também podem morrer. Era isto, também, que eu queria dizer com Dying Slowly.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dying slowly


Spring used to begin on the 21st. But it began yesterday.
Winter never really got out. Both seasons afraid of the crisis?
Expectations are low. Afraid of the truth?
Today is so sunny outside, why people feel so gloomy? Afraid of the future?
Are we all dying slowly? I´m afraid so!

My Spring is always on the 21st! So, let´s not be afraid to dream.

http://www.youtube.com/watch?v=icC4O5mq_-4

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Em Desacordo com o Acordo


Em Fevereiro de 2012, passei a ser obrigado a escrever profissionalmente em brasileiro. Para evitar opções, foi instalado um emplastro-corrector de palavras de Português para Brasileiro.

Os fundamentos do Acordo rezavam, entre outras boas intenções, por uma "maior harmonização ortográfica entre os oito países da CPLP". Daqueles 8 países, apenas a ratificação do 2º protocolo modificativo ao Acordo por 3 deles bastaria para o pôr em vigor. Os 3 foram Brasil, São Tomé e Cabo Verde. Portugal, Angola, Moçambique, Guiné e Timor não o fizeram. Enfim, os 8 terão acordado esta regra, e assim não há queixa possível.

Mas há indignação! por este jogo de livreiros brasileiros exportadores. E pela perda de identidade acordada por ignorantes portugueses.

Não rejeito que as línguas são vivas e por isso evolutivas, mas este Acordo não é uma evolução é uma transfiguração de facto, perpetrada por funcionários de fato cinzento.

Vivemos tempos de verdadeiro empobrecimento. Até linguístico.

Depois desta conquista brasileira, a hipocrisia continua a chamar à língua vencedora, portuguesa. Assim, passarei a chamar à língua derrotada na secretaria, Língua Lusitana.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Luna - companheira de 2003 a 2012



Já se sabe que o mundo raramente é justo. Ou então somos nós que não vemos o equilíbrio entre justo e injusto. Uma cadela tão bonita, aristocrática entre todos, cheia de vida, tinha que ter uma infelicidade para compensar a alegria. Os médicos chamaram-lhe mialgia, de cirurgia não aconselhada, e foi paralisando. Aprendeu rapidamente a usar um carrinho de duas rodas que alimentava, a ela e aos quatro donos, a ilusão de poder movimentar-se sem problemas, durante alguns minutos por dia. Até que aquela bébé se cansou de ver o corpo desobedecer à sua vontade e começou a chorar. Não de dor física, mas daquela dor que mais faz doer. Os olhos começaram a pedir para a levarem para outro lado. Um lado qualquer, desde que nele ela pudesse voltar a sentir as suas patas. E só havia um lado onde isso podia acontecer. Adormeceste ontem com o focinho na minha mão. Pronto bébé, já passou.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Por não me atrever a dizer de outra forma:


After some time you learn the difference,
The subtle difference between holding a hand and chaining a soul.
And you learn that love doesn't mean leaning,
And company doesn't always mean security.
And you begin to learn that kisses aren't contracts,
And presents aren't promises.
And you begin to accept your defeats,
With your head up and your eyes ahead,
With the grace of a woman, not the grief of a child.
And you learn to build all your roads on today,
Because tomorrow's ground is too uncertain for plans,
And futures have a way of falling down in mid-flight.
After a while you learn,
That even the sun burns if you get too much,
And learn that it doesn't matter how much you do careabout,
Some people simply don't care at all.
And you accept that it doesn't matter how good a person is,
She will hurt you once in a while,
And you need to forgive her for that.
You learn that talking can relieve emotional pain.
You discover that it takes several years to build a
relationship based on confidence,
And just a few seconds to destroy it.
And that you can do something just in an instant,
And which you will regret for the rest of your life.
You learn that the true friendships,
Continue to grow even from miles away.
And that what matters isn't what you have in your life,
But who you have in your life.
And that good friends are the family,
Which allows us to choose.
You learn that we don't have to switch our friends,
If we understand that friends can also change.
You realize that you are your best friend,
And that you can do anything, or nothing,
And have good moments together.
You discover that the people who you most care about in your life,
Are taken from you so quickly,
So we must always leave the people who we care about with lovely words,
It may be the last time we see them.
You learn that the circunstances and the enviroment have influence upon us,
But we are responsible for ourselves.
You start to learn that you should not compare yourself with others,
But with the best you can be.
You discover that it takes a long time to become the person you wish to be,
And that the time is short.
You learn that it doesn't matter where you have reached,
But where you are going to.
But if you don't know where you are going to,
Anywhere will do.
You learn that either you control your acts,
Or they shall control you.
And that to be flexible doesn't mean to be weak or not to have personality,
Because it doesn't matter how delicate and fragile the situation is,
There are always two sides.
You learn that heroes are those who did what was necessary to be done,
Facing the consequences.
You learn that patience demands a lot of practice.
You discover that sometimes,
The person who you most expect to be kicked by when you fall,
Is one of the few who will help you to stand up.
You learn that maturity has more to do with the kinds of experiences you had
And what you have learned from them,
Than how many birthdays you have celebrated.
You learn that there are more from you parents inside you than you thought.
You learn that we shall never tell a child that dreams are silly,
Very few things are so humiliating,
And it would be a tragedy if she believed in it.
You learn that when you are angry,
You have the right to be angry,
But this doesn't give you the right to be cruel.
You discover that only because someone doesn't love you the way you would like her to,
It doesn't mean that this person doesn't love you the most she can,
Beacuse there are people who love us,
But just don't know how to show or live that.
You learn that sometimes it isn't enough being forgiven by someone,
Sometimes you have to learn how to forgive yourself.
You learn that with the same harshness you judge,
Some day you will be condemned.
You learn that it doesn't matter in how many pieces your heart has been broken,
The world doesn't stop for you to fix it.
You learn that time isn't something you can turn back,
Therefore you must plant your own garden and decorate your own soul,
Instead of waiting for someone to bring you flowers.
And you learn that you really can endure.
You really are strong .
And you can go so farther than you thougt you could go.
And that life really has a value.
And you have value within the life.
And that our gifts are betrayers,
And make us lose
The good we could conquer, if it wasn´t for the fear of trying.

William Shakespeare

Por estar cansado dos vermes governantes:


Excerto da “Nota Biográfica” de Fernando Pessoa, 30 de Março de 1935

(…)

Obras que tem publicado: A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. O que, de livros ou folhetos, considera como válido, é o seguinte: “35 Sonnets” (em inglês), 1918; “English Poems I – II” e “English Poems III” (em inglês também), 1922, e o livro “Mensagem”, 1934, premiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, na categoria “Poemas”. O folheto “O Interregno”, publicado em 1928, e constituindo uma defesa da Ditadura Militar em Portugal, deve ser considerado como não existente. Há que rever tudo isso e talvez que repudiar muito.

Educação: Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado.
Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.

Ideologia política: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, com pena, pela República. Conservador de estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservadorismo, e absolutamente anti-reaccionário.

Posição religiosa: Cristão gnóstico, e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria.

Posição iniciática: Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal.

Posição patriótica: Partidário de um nacionalismo mítico, de onde seja abolida toda infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: “Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação”.

Posição social: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.

Resumo de estas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos – a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.