quinta-feira, 5 de julho de 2007

Vinho, wine, vin... Fin

A Bruxelocracia prepara-se para impôr uma medida, no âmbito da reforma da Organização Comum do Mercado do Vinho, e que, por acaso, até é capaz de fazer sentido: Portugal terá de arrancar, até 2013, qualquer coisa estimada em cerca de 7% da sua vinha, ou seja 17 mil hectares a troco de uma indemnização de 7 mil euros por ha, e do fim aos subsídios à destilação da sub-produção europeia. O executivo comunitário deixa ao nosso Governo a capacidade de distribuir as quotas de abate pelas regiões.
A intenção parece ser a melhor reacção à quebra de consumo aliando uma tentativa de limitar a invasão que a Europa tem vindo a sofrer de vinhos de qualidade razoável a preços de combate.
Tenho algumas dúvidas sobre a total eficácia da medida, pois continuo a acreditar que a chave para abrir e arejar os armários de qualquer descontentamento está em elevar a fasquia da qualidade. Neste caso particular está em incrementar a qualidade média do vinho europeu, e tentar empurrar o vinho "estrangeiro" para um patamar associado a uma menor qualidade.
O que impede então? Mais uma vez a resposta vem do travão cultural que nos exaspera a paciência. Cabe, por isso, perguntar: Qual será a sensibilidade dos nossos produtores?

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