sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Criatividade, procura-se




Criatividade. É o factor de diferenciação quando tudo o mais se pode copiar ou fazer parecido. Podia desde já dizer que os países dependem da criatividade. Como lembrou há pouco um jornalista do Financial Times, o Brasil não é conhecido tanto pelos motores da sua economia mas mais pela música, moda, arquitectura,... ou seja, pela criatividade. Mas nem sequer é aqui que quero tocar. Quero mesmo chegar ao indivíduo: onde está a criatividade?

Cada vez há mais gente no mundo e por isso a probabilidade de haver mais criatividade é maior. Mas vejo o contrário. Paro para pensar nas causas, e que vejo?

Primeiro, que cada vez tenho menos tempo para pensar.

God! how could I let this happen?

Tornámo-nos dependentes, viciados em toda a espécie de gadgets. Não só. Os computadores, as redes sociais, as toneladas de e-mails para ler e/ou responder, os canais de tv por cabo. E quando julgamos que vamos para casa depois de um dia estafante a trabalhar, ou mesmo quando rejubilamos por irmos de férias, lá vêm os iPhones, os Tablets, os iPads e iPods atrás de nós.


E assim deixámos de viver a família, viver a nossa intimidade, e, pouco a pouco, de viver em vida.


Os filhos não têm tempo para nós nem nós para eles. Lembramo-nos vagamente de, ainda não há tanto tempo assim, apreciarmos o põr-do-sol acompanhado de um charuto e de um portronic, de se fazer uma caminhada só para ir apreciar as ondas do Guincho. De ter um jantar demorado com a família à mesa. De falar, falar contra a passividade que nos vai calando.


Temos de reagir a esta intoxicação digital. Temos de parar para pensar, levar o cérebro para o ginásio, exercitá-lo e assim provocar a criatividade. Como dizia o cartaz do Uncle Sam, the country needs you.


Eu preciso de mim.


1 comentário:

SA disse...

Dizem que a criatividade nasce do ócio... Estaremos demasiado ocupados?