quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Política, grau zero


Eleições autárquicas e Portugal. Se dúvidas houvesse, elas rapidamente se dissipam e dão lugar a um constrangedor sentimento de impotência para riscar a grande maioria dos candidatos de qualquer das forças em competição.
Basta olhar para os cartazes mal escritos, com erros mesmo. Depois vem o pior, ouvir os candidatos, o que eles pensam - quando conseguem pensar - e a forma como o dizem.
Como é possível que os dirigentes partidários permitam entregar o País à boçalidade e à falta de ideias e projectos comunitários!
Como pode o País - nós - continuar a permitir a propagação de pessoas tão mal preparadas para elaborar e concretizar projectos para as populações!
De novo embatemos na falta de cultura, de bases educativas, das populações. E assim chegamos aos Governos, cujos ministros pouco ou nada fazem para mudar drasticamente este estado de coisas. Criando, por exemplo, disciplinas de consciência cívica ministradas por professores exigentemente seleccionados, que acordem os jovens, que por sua vez acordem os pais. Que os façam ser exigentes e pedir responsabilidades aos autarcas eleitos.
E assim, progressivamente, Portugal ver-se-á livre do caciquismo referendado eleitoralmente pela inteligência dormente, analfabeta.


Franz Ackermann

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