quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Sempre




A mente é um labirinto onde frequentemente nos perdemos, mas onde obrigatoriamente temos de nos encontrar sob pena de definharmos.
Vem esta constatação a propósito do bombardeamento de notícias que propagandeiam a alarvice, a obscenidade gratuita, o voyeurismo, e se assumem cada vez mais como estandartes de uma nova versão da indústria do entretenimento. As massas gostam, por isso produz-se mais e mais, nem interessa se o que se divulga é verdade, é uma verdade distorcida ou é uma mentira.
Mas somos humanos, caramba! Não podemos deixar que nos atolem a vontade na lama ébria. Atentos às suas mutações que nos pretendem enganar. Vigiemos a nossa mente, olhando de vez em quando para o passado, para ver se os valores que sempre defendemos ainda nos dizem alguma coisa.
Temos de nos erguer desta baixeza e repudiá-la. Enterrá-la no cemitério do esquecimento.

Gosto destas palavras, e aqui as posso aplicar, de Maya Angelou:

Just like moons and like suns,
With the certainty of tides,
Just like hopes springing high,
Still I'll rise.


Marc Chagall, Les portes du cimetière

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