quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Heimat

Heimat é, para mim, o Filme. Ponto final. Vem este despropósito a propósito da evocação que alguém nesta blogosfera fez sobre Brel e a sua imortal súplica "ne me quitte pas...". Fico sempre lamecha, quando me sabem tocar. E lembrei-me do Heimat, que estou a rever há semanas e ainda só vou a meio. Trata-se de uma crónica de enganos e desenganos, de princípios e fins, de juventude e envelhecimento. A palavra Heimat não tem uma tradução exacta em português, mas significa algo como uma mistura de raízes, origens, terra natal. Para mim é o cantinho que conseguirmos encontrar para nos refugiarmos das tempestades da vida. A ele quereremos voltar sempre, seja qual for o motivo ou a desculpa. Em Heimat sentir-nos-emos sempre seguros e confiantes. Os valores que nos foram transmitidos estão todos lá. Em Heimat, nós somos nós. Por isso o "ne me quitte pas..." me fez lembrar o Heimat ( nem sempre físico ) onde me aninho para acreditar que "tudo vale a pena, se a alma não é pequena", e para sonhar com um Heimat físico, onde a realidade possa ser acariciada.

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