terça-feira, 23 de outubro de 2012

Richard Hawley

Foi uma descoberta recente. No início deste ano. Aconteceu um enorme prazer. O de ouvir uma música sentida, o de saber que ainda há quem componha música assim. Músicas e poemas compostos com a fragilidade do belo e a indignação por uma sociedade manietada por maus políticos. O último trabalho de Richard Hawley é disso prova maior. Revela um autor em conflito de criação, alguém que sente o impulso de criar o belo, mas não consegue deixar de se influenciar pela sociedade devastada pelas consequências destes últimos anos em crise. Talvez por isso mesmo, só se sinta bem em Sheffield, onde nasceu.


Ontem aconteceu a primeira possibilidade de o ouvir e ver ao vivo. Fantástica a entrega, músicos muito bem sintonizados com ele. O público com uma idade maioritariamente nos "entas" reflectia a maturidade exigida. Apenas umas poucas centenas, pois o homem (quase 46 anos) é pouco conhecido, assistiram, de pé (a Elizabeth McGovern, 51 anos, presente na proximidade, ilustrou o tipo de público, e...subiu na consideração).
Da set list, faltou a favorita pessoal Roll river roll. Restam as gravações, para saciar o apetite, os videos de menor qualidade (como estas fotos ontem tiradas) até que um dia apareça um DVD oficial, coisa que, apurada em conversa com o staff, não parece muito provável.
Até à próxima Hawley.

1 comentário:

Unknown disse...

Já não há vozes assim. Nem se cantam canções desta forma. Ou enfim, talvez muito poucos.