quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A Monarquia



Sempre considerei a monarquia a forma de governo menos má.
As personagens que encarnam o papel de soberanos têm tido, todavia, um desempenho descredibilizador da instituição Monarquia. É tudo um infeliz sinal dos tempos deficientemente cívicos. De gente cada vez menos preparada, e sem qualquer sentido de Estado.
Ontem à noite, foi a vez do rei vizinho. Numa intervenção cheia de expectativa perante os tristes acontecimentos na Catalunha, o rei falou para apontar o dedo acusador, esquecendo o seu papel, não produzindo qualquer esboço, sequer, de solução. Seguramente, conseguiu que o número de republicanos crescesse.
E assim, de reizinho em reizinho, se vai caminhando para o fim das monarquias. Em substituição da inutilidade monárquica, as repúblicas e os seus sufrágios abertos a todos os níveis culturais e cívicos, irão produzindo crises sem árbitro, ao livre arbítrio das mesquinhas ambições individuais e/ ou partidárias. Os exemplos abundam, e estremecemos com eles. Basta olhar para o outro lado do Atlântico.
Repito, só com um povo educado, a humanidade se pode desenvolver com dignidade e garantindo uma gestão governativa elevada.

Keith Haring, king and queen

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