terça-feira, 19 de agosto de 2014

Hi-ho Silver... away


Chegar, cumprir um ciclo, desaparecer. Hi-ho Silver... away.

Olho para os espelhos da vida, vejo quem deixei de ver há muitos anos, as marcas do tempo nas faces, a sensação incómoda de que estaremos envelhecidos. Procuro para além das rugas, tento encontrar indícios vivos do que conheci nessas pessoas agora estranhas. Os olhos, o sorriso, a voz, mas, acima de tudo, o raciocínio, a inteligência. Procuro o que sobressai nessas pessoas, para além da decadência. What have you done with your inner self? E tento compreender, justificar, a diferença. Porque ela existe. Dir-me-ão, agruras que o tempo tece em teias que nos transcendem. O envelhecimento físico é só a parte mais frágil do eu, de ti, e de ti, e de ti... Sei que o físico sempre foi gratificantemente enganador, vestindo de luxo o intelectual. Agora com a roupagem puída, será que o intelectual continua a ser tão atraente como era? Terá, certamente de ser mais compensador, e aqui reside o imbróglio!
Today I am a cowboy, tomorrow I´ll be a singing horseman. But the song remains the same, hi-ho Silver away!
 
 
Clayton Moore, the Lone Ranger / Jack Yeats, the Singing Horseman



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