quinta-feira, 18 de maio de 2017

Profissão: especialista



Afinal, o que é ser especialista? Não hoje, mas amanhã.
A robotização irá substituir parte substancial da mão-de-obra que, hoje, se designa por especializada. São funções técnicas que, por isso mesmo, as máquinas programadas podem executar com facilidade e, há que admiti-lo, com várias vantagens. O lado negativo passará pelo crescimento do desemprego e/ou pela redução drástica do número de horas que o trabalhador humano pratica hoje.
Longe de estarmos perante uma situação utópica de libertação de tempo para lazer, a realidade será uma gradual e crescente onda de convulsão social, desde a perda de remunerações até à desintegração social.
Então quem serão os especialistas, no futuro? Ou seja, quem terá menos probabilidade de ser substituído por máquinas? Ou ainda, o que é que as máquinas não têm de humano e que as incapacita para exercer funções que requerem essa qualidade ausente?
Sentimentos!
Olhemos pois para os futuros especialistas. Cruzamo-nos com eles todos os dias, e quase não damos por eles. Olhem para os assistentes sociais, ou para os  que exercem qualquer tipo de terapia. Imaginam um robot a substituí-los? Muitos são voluntários, outros têm uma remuneração na base da escada de vencimentos. Não os consideramos especialistas, hoje. Será melhor olharmos para o amanhã, ou corremos o risco de ter uma sociedade envelhecida e abandonada, porque hoje desconsideramos os sentimentos como diferenciador da sociedade humanizada.

Casper D Friedrich, Abbey in the oak wood

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